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Fotógrafo Sebastião Salgado morre aos 81 anos 5t3421

Agência Brasil*
Brasília
Sebastião Salgado explicar a exposição Genesis. São 245 fotografias, divididas em cinco seções geográficas, que revelam montanhas, desertos, florestas, tribos, aldeias, animais (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil

O fotógrafo Sebastião Salgado morreu hoje (23) aos 81 anos em Paris. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.

"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", diz o texto.

Mostra traz fotografias de Sebastião Salgado na Revolução dos Cravos. - Alcácer do Sal,  Foto: Sebastião Salgado
Mostra traz fotografias de Sebastião Salgado na Revolução dos Cravos. - Alcácer do Sal, Foto: Sebastião Salgado - Sebastião Salgado

Salgado nasceu em Aimorés (MG), em 9 de fevereiro de 1944 e já viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos.

Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do fotógrafo e disse se sentir profundamente triste. "Seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade", afirmou.

"Sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade. E o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade", completou Lula.

Também pelas redes sociais, o vice-presidente Geraldo Alckmin citou que, por meio de suas lentes, Sebastião Salgado revelou belezas e injustiças do mundo, congeladas em seus registros fotográficos.

“Uma celebração da vida e da natureza e um chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável”.

Em seu perfil no X, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também homenageou o fotógrafo:

“Sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador”.

Em nota oficial, a pasta lamentou a perda “de um dos maiores ícones da fotografia documental do mundo”.

“Sebastião Salgado ficou conhecido no mundo inteiro com seu estilo fotográfico em preto e branco. Registros como o projeto Trabalhadores, em 1993, e Êxodos, em 2000, retratam questões humanas de maneira sensível e impactante”, destacou o comunicado do ministério.

Em Paris, o ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros da França, Jean-Noël Barrot, lamentou a morte de Sebastião Salgado citando um “grande artista franco-brasileiro que acaba de nos deixar”, durante discurso de abertura da Semana da América Latina e do Caribe 2025.

“Quero que minhas fotografias contem histórias que façam as pessoas pararem e pensarem mais do que nunca. Sinto que a raça humana é uma só, ele disse”, recordou o ministro.


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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou as redes sociais para se referir ao fotógrafo como um amigo e um dos maiores expoentes da fotografia mundial.

“A morte de Sebastião Salgado deixa uma lacuna irreparável no jornalismo brasileiro. Descanse em paz, companheiro”.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, citou o fotógrafo como patrimônio cultural brasileiro.

“Tinha o olhar voltado para a proteção ambiental, das comunidades indígenas e outras causas importantes da humanidade. Mando um abraço e consolo para toda a família”, escreveu no X.

“Um grande artista. Uma morte precoce, aos 81 anos. Muito cedo. Era um dos patrimônios culturais brasileiros, embora estivesse vivendo na França. Há poucas semanas, ele me telefonou por uma questão que o preocupava”, disse. “A perda de uma pessoa como Sebastião Salgado é uma imensa perda para a humanidade”.

Outras repercussões 5n5452

No perfil oficial no X, a Academia de Belas Artes da França lamentou a morte de Sebastião Salgado, eleito membro da seção de fotografia da instituição desde abril de 2016. O post antecipa que um comunicado de imprensa oficial será publicado em breve.

Em nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se referiu a Sebastião Salgado como um dos mais importantes fotógrafos da história contemporânea. “Sua partida é uma perda imensa para a arte, para os direitos humanos e para todos que acreditam na imagem como instrumento de transformação social”.

“O fotógrafo manteve uma relação de solidariedade e apoio com o MST, reconhecendo no movimento uma das mais legítimas expressões da luta por justiça social no Brasil”, destacou o comunicado. “Que sua memória siga viva em cada imagem, em cada rosto retratado, em cada luta que busca justiça e humanidade”.

*Por Paula Laboissière, com Daniella Almeida e Mariana Tokarnia/ Agência Brasil.







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